quinta-feira, novembro 09, 2006

Canto Noturno

De novo o mesmo canto noturno
da ave que não vejo
e que parece chorar,
e que me parece chamar;
Mas não respondo com medo
de que ela descubra a verdade,
que, durante a noite,
me escondo fechado
num quarto vazio
sob a última vela
a derreter comigo
o desejo de luz.

Poema do livro "Anos que passam"