Teoria da personalidade
O eminente psiquiatra Aníbal Silveira, falecido em 1979,
adotou e aprimorou a teoria de Auguste Comte sobre a estrutura da personalidade.
Segundo esta teoria, a personalidade é formada por dezoito funções subjetivas
que se conectam e se distribuem em três esferas psíquicas: afetividade, conação
e inteligência. A afetividade é a esfera básica que preside a conservação do
individuo e da espécie e as relações interpessoais. É formada pela
individualidade e pela sociabilidade. A individualidade contém: instinto
nutritivo, instinto sexual, instinto materno ou de posse, tendência à
destruição, tendência à construção, necessidade de domínio, ou orgulho e necessidade
de aprovação, ou vaidade. A sociabilidade contém os sentimentos representados
pelo amor aos iguais, ou apego; amor aos inferiores, ou bondade; amor aos
superiores, ou veneração. A esfera mental da conação, ou atividade, contendo as
funções de coragem, prudência e perseverança, dirige o comportamento. A coragem produz o estímulo para a ação, a
prudência o inibe e a perseverança o mantém. A esfera mental da inteligência com
as funções de observação concreta e abstrata, elaboração dedutiva e indutiva e
expressão mímica, verbal e gráfica, determina o contato com a realidade. A
estrutura da personalidade é a mesma para todo ser humano, o que difere é o seu
dinamismo peculiar, associado ao nível de amadurecimento e às experiências de
vida de cada um. A maturidade psicológica deriva da subordinação da
individualidade aos sentimentos. No entanto, os sentimentos são mais
dependentes e menos ativos que os instintos e, por isto, precisam ser
fortalecidos e regidos pelo ambiente social que, por exemplo, deve persistir na
transmissão de valores éticos e morais compatíveis com o adequado convívio em
sociedade.
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